UM MUNDO SEM SOFRIMENTO Por Paulo Rebelo Alguém conceberia O mundo sem dor? É impensável! Sua ausência seria logo sentida, Como a falta de gosto na bebida, Como sem a noite o dia, A falta de tempero na comida, Luz sem sombra, A falta do sal percebida. Pois, parece que o sofrimento É inerente ao homem. É o outro lado da moeda, A face oculta da lua, Quando some Dá lugar a alegria E esta quando finda, Sobrevem a melancolia. Então, qual o sentido Viver sem dor? A alma se alimenta de ambos E por isso, regozija-se; Eis que vida sem dor É insípida. Sem odor, cor ou calor, Uma existência opaca, morna e fria. Ao final, Sem sofrimento não haveria O pranto; Não tendo mais assunto, O maior dos poetas nunca mais Sua poesia escreveria E o grande filósofo num canto triste Morreria... Paulo Rebelo, o médico-poeta. Imagem: O MITO DA CAVERNA DE PLATÃO
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Mostrando postagens de agosto, 2024
SEM SAIDA
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🖋SEM SAÍDA Nunca menti, O que é uma inverdade; Todo tempo Menti p mim mesmo, Fingi que não vi, Que não ouvi... Nunca falei disso, Exceto para mim Em solilóquios, Bem baixinho Como que para o mundo Me escutar meu segredo, Porém sem me criticar E me mostrasse a saída. Nunca disse Que não iria abandonar ninguém, Quando eu mesmo Já havia me abandonado. Nunca disse Que não iria fugir, Porquanto já estava perdido. Assim, como poderia ajudar alguém, Se quem já não me ajudava era eu? Paulo Rebelo, o poeta do Meio do Mundo.
O ATEU QUE FALOU COM DEUS-OPINIÃO
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De LÍGIA KÁTIA Boa noite, Dr. Paulo!, Acabei de ler o texto "O Ateu que Falou com Deus" e fiquei muito impressionada. A história trata de questões importantes, como a mudança interna das pessoas e a busca por um propósito, de uma forma muito comovente. A jornada do paciente é muito tocante, e eu me identifiquei com as lutas que ele enfrenta. Essa conexão com as emoções do personagem é um dos melhores aspectos do texto. O jeito como o senhor escreveu os detalhes faz a história parecer muito real, como se pudéssemos sentir o que o paciente está sentindo. Isso torna a experiência de leitura ainda mais forte. O texto também nos faz pensar sobre fé e espiritualidade, mostrando que mesmo as pessoas que não acreditam em Deus podem ter momentos de conexão com algo maior, especialmente em momentos difíceis. Na minha opinião, "O Ateu que Falou com Deus" é um texto muito poderoso que nos convida a refletir sobre nossas próprias vidas e crenças. É um texto que tem muito a nos e...
AH, POR QUE EU ESCREVO?
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🖋AH, POR QUE EU ESCREVO?! VOU TE FALAR: Por Paulo Rebelo É que não fumo, Não curto drogas, Nem sei encher A cara de cana, Não gosto de bares, Perambuladas, Shows de streap-teases, Nem de baladas, Muito menos na noite Bater pernas, Dar esticadas por aí, Nem cair de bebado Nas longas madrugadas, Amparado nos pelos De uma gata parda. É na escrita que descarrego Os ressentimentos, Minhas mágoas, Lavo a alma! Não sou de fuleragem Nem de noitadas. Não sou mulherengo Nem de malandragem Não uso óculos escuros, Piercings, Nem tatuagem. Nada contra a garotada! Não sei fazer outra coisa, Nem gosto de jogatina, Então, para ocupar Minha cabeça vazia, É na escrita, Que desaguo minhas raivas; Assim, essa é a Minha triste sina! Paulo Rebelo, o médico-poeta.
A TUA DOR*
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A TUA DOR Home / POEMA / Entendo a tua dor. Essa coisa intangível, Tão física, Companheira Absurda, Intrusa E que te satura, Que se alimenta de ti E vice-versa, Que te consome, Que te censura, Ardendo no teu seio, Inoportuna E te exaure Pouco a pouco Até a beirada Da morte. Quando estás tu À mercê da própria sorte. Eu a compreendo Perfeitamente; Dialogo com ela, Pois ela é Como a minha própria: Solitária, Às vezes, Enganosamente calma, E silenciosa, Outras vezes, Ciclotímica. Ora amarga, Infecunda, Estúpida, Ora neurótica, Rebelde, Intensa E profunda. Ela apenas quer gritar, Não há como evitar, Eu a posso sentir… Paulo Rebelo, poeta “Fin de Siècle”.
O ATEU QUE FALOU COM DEUS
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O ATEU QUE FALOU COM DEUS Por Paulo Rebelo O texto a seguir é real e resolvi escrevê-lo, antes que se perdesse longe na minha memória. De fato, o título da crônica, que parece um conto é curioso, mas foi exatamente isso que ocorreu; é a mais pura verdade ou baseado em fatos reais. É que com o passar do tempo, alguns detalhes já começavam a desaparecer lentamente de minha consciência, deixando-me em dúvidas entre o que fora real e agora o que parecia ser o imaginário, pois na ânsia de descrever a realidade, passei a preencher essas lacunas, cavando fundo na memória doces lembranças daquele encontro, conferindo-lhe vaga sensação de ficção; um realismo fantástico. Aconteceu há alguns anos e sou testemunha viva de uma das coisas mais belas, que já presenciei em vida ainda mais tendo estado envolvido. Isso me mudou, também. Atendia no consultório, quando no fim de tarde me deparei com um paciente de meia idade, acamado em decúbito dorsal* numa maca. Estava ali para realizar um risco c...
CLASSE ARTISTICA NACIONAL
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menos, cara; deixe de supremacia moral e intelectual enrustida. Ela é um ser humano respeitável e maravilhosa, mas à classe artística nacional é tão lindo parecer educada, culta, inteligente, intelectualizada, humanista, humanitária e requintada, ainda mais, paradoxalmente, eleitora de LOL4, antipoda sua, para lhe conferir status de cidadã do povo e, sobretudo, do mundo ocidental que, curiosamente, ama e odeia, citando seus grandes filósofos e escritores, posando sapiencia universal, para mim, "das quebradas'.
CONHECIMENTO ROUBADO
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Lana Ka , tens razão; apenas 99.9% são das áreas de ciências humanas...o interessante e paradoxal é que estes vão buscar no Primeiro Mundo o "conhecimento roubado" por ele. Soa hipocrisia, não? Às vezes, fico com a impressão que a grandiosidade histórica da Europa, traduzida em monumentos, construções, prédios, igrejas, artes, música clássica e literatura, erguidas à base do ouro, exploração da terra, escravidão, genocídio dos nativos e etc., deveriam ser completamente destruidas por serem uma vergonha humanitária (o que não teria coragem) ou senão, "desmontadas" e devolvidas aos "povos oririnários", todavia que chato, né?; não iriam mais fazer turismo-exibicionista-ostentação em Paris, Londres e NYC, mas em ADIS ABEBA.
A LINGUA É UM DELIMITADOR DAS FRONTEIRAS SÓCIOECONOMICAS
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a impressão que me passa o indivíduo que abraça essa tese intelectualizada paulofreiriana, que Impressiona o incaulto é que se trate de alguém da área de ciências humanas, particularmente, um pequeno burguês socialista eleitor de LOL4, o apedeuta que venceu na vida, ignorando as regras gramaticais, as quais seriam "um delimitador das fronteiras socioeconomicas". Que afirmação eivada de pedantismo e demagogia, traduzindo pretensa supremacia moral, onde intelectualidade e ignorância parecem ser a mesma coisa, pois "abaixo a meritocracia", esse é o lema progressista. A ignorância, quanto à língua, certamente, não traduz falta de caráter nem uma personalidade mórbida, mas falta de educação, zelo com a própria imagem e sem dúvida, falta de vontade em aprender. Aliás, já visistaste a amostra DO YOU SPEAK ANITTA? no Museu da Língua Portuguesa? "Perca" de tempo e dinheiro!
SEM SENTIDO
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SEM SENTIDO Poema de Paulo Rebelo 🖋Eu sei, eu sei… Pode parecer estranho E sem sentido O que está por mim escrito. Hão de dizer que estou insano, Tampouco sou espírita; Não foi nada psicografado, Mas incorporado. É como pacientes, que um dia atendi Estivessem à noite ao meu lado (muitos já mortos), E dissessem sob os auspicios do CRIADOR, Todos eles em coro e ao mesmo tempo, Sussurrando em meus ouvidos: “Escreva sobre a minha dor, doutor”. (No fundo, também, é a minha própria) Paulo Rebelo, o médico-poeta.
UM MUNDO SEM SOFRIMENTO
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UM MUNDO SEM SOFRIMENTO Por Paulo Rebelo Alguém conceberia O mundo sem dor? É impensável. Seria estranho, Irreconhecível! Sua ausência seria logo sentida, Como a falta de gosto na bebida, Como sem a noite o dia, A falta de tempero na comida, Luz sem sombra, A falta de sal, na hora, percebida. Pois, parece que o sofrimento É inerente ao homem. É o outro lado da moeda, A face oculta da lua, Quando some Dá lugar a alegria E esta quando finda, Sobrevem a melancolia. Então, qual o sentido Viver sem dor? A alma se alimenta de ambos E por isso, regozija-se; Eis que vida sem dor É insípida. Sem odor, cor ou calor, Uma existência opaca, morna e fria. Ao final, Sem sofrimento não haveria O pranto; Não tendo mais inspiração, O maior dos poetas nunca mais Sua poesia escreveria E o grande filósofo, Sem tese, Num canto triste Morreria... Paulo Rebelo, o médico-poeta. Imagem: O MITO DA CAVERNA DE PLATÃO
A RAZÃO DE MINHA POÉTICA
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🖋A RAZÃO DE MINHA POÉTICA Por Paulo Rebelo (o porquê preciso escrever) Às vezes, acordo insone no meio da noite como agora, às 3 horas da manhã e há muitos anos já acostumado, passo a escrever sobre acontecimentos cotidianos e pregressos, geralmente, doces reminiscências como a que passo a relatar a seguir. É o momento mais adequado que tenho para escrever, pois a casa está em silêncio e todos dormem profundamente. Comecei a escrever quando ainda era um jovem estudante de medicina. Passando visita hospitalar com os professores, ficava muito impressionado com o sofrimento dos doentes internados, sobretudo psicológico. Então, tocado emocionalmente por isso, aleatoriamente, como mecanismo de defesa, comecei a escrever fragmentos de textos literários. O que direi é a seguir é profundo e difícil de explicar, mas tentarei, pois eu superei. Estranhamente, foi por medo do futuro; algo como "eu posso ser ele amanhã". Era difícil para alguém dentro de um lento processo de amadurecime...
HUMANISTA HUMANITÁRIO EGOCENTRICO
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Arguto observador natural do ser humano há décadas, posso dizer com 99.9% de certeza que a maioria dos que dizem amar a natureza acima de tudo, claro, abaixo dela mesmo, e que o seu deus (letra minuscula mesmo) está presente ou é a formiguinha ou são as ondas do mar, que é egocentrica. Autointitula-se humanista e humanitário on-lne, participando de campanhas pela descriminalização da maconha, do aborto e SAVE THE PLANET, mas na prática um misândrico e para piorar, um acadêmico e intelectual "pequeno burguês socialista", eleitor de LOL4, o pseudo estadista, que lhe confere um imagem de "cidadão universal".
NÃO NEGAREI
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🖋NÃO NEGAREI! Por Paulo Rebelo Ah, claro, Por que esconder Os seres complicados que existem em mim? Sim, nao os denegarei nem os escondo; pardi o receio e outrora vergonha; Digo-lhes sem rodeio: Sou inflamável Em constante ebulição, A ponto de entrar Em combustão. Ora acelerado, Às vezes, estático Como algo estivesse Acorrentado em mim. Sinto-me, então, como por pouco Estivesse fora de possibilidade Terapeutica Ou encaminhado para tratamento fora do domicilio, em outro universo. Romanticamente idealista, Cientificamente inventivo E explosivamente autodestrutivo... O (meu) mundo é assim; Nunca mais vou negar. Paulo Rebelo, o médico-poeta. P.S. Parafraseando N.S JESUS CRISTO, desafiando os fariseus e os mestres do Evangelho de hoje: "Quem não cometeu uma loucura, que atire a primeira pedra" (João 8:7). •O poema é ficcional; qualquer semelhança não é mera coincidência. •Os transtornos mentais são: TDAH, TBP e TAG. •O texto é um tributo àquele que sofre....
A FACE OCULTA DA LUA
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A FACE OCULTA DA LUA Poema por Paulo Rebelo A maior tragédia humana É que até o final da vida, Numa angústia O homem luta Para se livrar do mal Dentro de si, Enquanto cultiva o bem. Mas é em vão. Então, derrotado, Resta-lhe apenas O arrepedimento Como consolo, Resignado. Pensa que assim Será salvo. É que o mal é visceral; Está indissociável do homem, Eis que faz parte da obscura Natureza sua, Que o esconde sob disfarces, Como são o dia e a noite, A face oculta da lua. É uma doença consumptiva, Que o mata aos poucos, Mas o grande paradoxo; Matar a maldade É matar o prório homem. Assim, é indefectível. Nasceu com sua alma Pois o mal intacto É o verso da mesma moeda. A sua destruição em vida É impossivel. Paulo Rebelo, o médico poeta. P. S. Concebido às 3 horas da manhã de hoje, insone, o poema foi inspirado no testemunho de inúmeras pessoas, que em vida praticaram o mal e um dia, diante da Invalidez permanente, incurabilidade da doença e a morte inexorável, nos últimos e...
AMOR À FORMIGUINA
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Arguto observador natural do ser humano há décadas, posso dizer com 99.9% de certeza que a maioria dos que dizem amar a natureza acima de tudo, claro, abaixo dela mesmo, e que o seu deus (letra minuscula mesmo) está presente ou é a formiguinha ou são as ondas do mar, que é egocentrica. Autointitula-se humanista e humanitário on-lne, participando de campanhas pela descriminalização da maconha, do aborto e SAVE THE PLANET, mas na prática um misândrico e para piorar, um acadêmico e intelectual "pequeno burguês socialista", eleitor de LOL4, o pseudo estadista, que lhe confere um imagem de "cidadão universal".
O INDIGENA AYLTON KRENAK
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O mundo tem múltiplas partes, muitas são claras, outras desconhecidas ou insondáveis; naturalmente, não é harmonico nem nunca será, pois vive em choque ou em contraposição armada. Parece viver em contradição ou em conflito consigo mesmo. É a impressão que me passa esse grande ser humano, de fato. É inteligente e culto. É declarada e orgulhosamente indígena, mas respira a CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL.
A DOR QUE VICIA*
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🖋️A DOR QUE VICIA Por Paulo Rebelo A dor sofrida, creia-me, Na dose terapêutica existe; É administrada ao homem Em gotas homeopáticas. Ela tem um leve sabor agridoce; É levemente ácida, Até um tanto amarga, Por vezes, ocorre nas longas Noites insones; parece uma amiga Na madrugada. Pode ser curativa Ocupa alguma perda, Que jamais será preenchida. Também, funciona como bálsamo Ou antídoto, depende, Exercendo excelente profilaxia. Tem uma fórmula posológica Mágica e exclusiva, Feita para o indivíduo sob medida. É como a água que sacia. Há um porém; todo cuidado É pouco. Essa dor não é isenta De efeitos colaterais, Causa dependência física e mental; Como acalma e anestesia, Se prolongada, vicia. Assim, é que com o tempo, O ser humano diante da dor compungente acostuma-se, E quando não o mata De solidão, Aos poucos dentro do do peito, Estranhamente, o conforta E cativa. Paulo Rebelo, o médico poeta. P.S. O poema foi escrito depois da dolorosa obser...
A DOR QUE VICIA-Origem do Poema
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Amigo-A, Estava comovido e inspirado, enquanto escrevia. Foi como um parto distócico. Pude escrevê-lo depois de muitos anos. Foi sentimento misto de dor e alívio acumulados. Coisa p psiquiatra! 😂😂😂 Gostaria que o poema fosse auto explicativo, mas é quase impossivel. Só dá pistas de algo confuso e complexo. Não dá p advinhar, né? Tive que fazer nota de rodapé. ORIGEM DO POEMA: uma mulher na casa dos 55 a foi ao meu consultório cardiológico, porque tinha sintomas físicos muito intensos: angústia no peito com palpitações, dor torácica, cansaço e sensação de falta de ar "todo o tempo" e "por qualquer coisa", que só melhorava quando chorava. Desde o primeiro momento, fiz a hipótese diagnóstica de depressão. Os exames de coração e laboratoriais estavam todos normais, com exceção da glicose e colesterol total elevados, ganchos para iniciar tratamento, também, para a depressão (e insônia), algo que não acreditava ter e por isso se recusava se tratar, pois dizia que ...
AUSÊNCIA
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AUSÊNCIA A falta que me faz É tudo aquilo que me satisfaz, Que poderia ter me satisfeito, Aquilo que jamais tive E se o tive um dia se foi, Escapou entre meus dedos, Levando-me junto consigo Parte de mim para distante. Há um imenso espaço, Que me arrebata, Porquanto nele sou livre, Mas preso à solidão da alma, Que me preenche como um todo, Inunda e transborda… Então, vem a completa Ausência de dentro de mim E que me dá um vazio, Que me arde o peito, Que corre por entre minhas artérias E veias, Esfriando o meu corpo por inteiro E entranhas, Dando-me a sensação De que ontem morri… Assim, essa ausência Dentro de mim, Que parece eterna Me faz sentir-me tão efêmero, Tão mortal. Paulo Rebelo, o médico poeta.
UMA CARTA PARA NINGUÉM
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UMA CARTA PARA NINGUÉM Por Paulo Rebelo Acostumei-me a escrever Para quase ninguém, Mas o ninguém, Creia-me, existe. Ele não é anônimo; É alguém. Falo com ele todos Os dias, enquanto escrevo. Ele está escondido No meu desejo incontido E num silêncio ensurrecedor, Que grita para ser Por ele lido, Mas na suavidade Como quem, na intimidade De velhos amigos, Troca correspondências, E este, um dia, me entenda Como ninguém. Paulo Rebelo, o médico poeta. Inspirado em um texto de ALMIR PAES, escritor, cujo pai disse-lhe um dia: "Acostume-se a escrever para quase ninguém". P.S. Creio pelo inusitismo da prosa, este poema autoral seja original.
SEM SENTIDO
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🖋SEM SENTIDO Eu sei, eu sei... Pode parecer estranho E sem sentido. Hão de dizer que Estou insano, Quando tampouco Sou espírita; Não foi nada psicografado. Mas, é como pacientes Que um dia atendi Estivessem à noite ao meu lado (muitos já mortos), E dissessem sussurrando Em meus ouvidos: "escreva sobre a minha dor, doutor". (No fundo, também, é a do poeta) Paulo Rebelo, o médico-poeta.
O COLECIONADOR DE MEMÓRIAS
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O COLECIONADOR DE MEMÓRIAS Por Paulo Rebelo Ao final da vida O que resta ao homem? São apenas memórias, Boas ou más, Que aos poucos Vão sumindo. É como a vela que se apaga A folha seca que cai. São como migalhas de pão, Sua única riqueza interior, Atiradas por ele Pelo longo e tortuoso caminho, Para que as lembre de como retornar. Mas, não há volta. Outrora lhe valiam muito, Comida de pássaros Que, miseravelmente, Não lhe deixaram mais rastros, Nenhuma lembrança Da sua solitária existência Na face da terra. Paulo Rebelo, o médico que escreve poemas Estátua: Melancholia by Albert György.
A FACE OCULTA DA LUA
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A FACE OCULTA DA LUA Poema por Paulo Rebelo A maior tragédia humana É que até o final da vida, Numa angústia O homem luta Para se livrar do mal Dentro de si, Enquanto cultiva o bem. Mas é em vão. Então, derrotado, Resta-lhe apenas O arrepedimento Como consolo, Resignado. Pensa que assim Será salvo. É que o mal é visceral; Está indissociável do homem, Eis que faz parte da obscura Natureza sua, Que o esconde sob disfarces, Como são o dia e a noite, A face oculta da lua. É uma doença consumptiva, Que o mata aos poucos, Mas o grande paradoxo; Matar a maldade É matar o prório homem. Assim, é indefectível. Nasceu com sua alma Pois o mal intacto É o verso da mesma moeda. A sua destruição em vida É impossivel. Paulo Rebelo, o médico poeta. P. S. Concebido às 3 horas da manhã de hoje, insone, o poema foi inspirado no testemunho de inúmeras pessoas, que em vida praticaram o mal e um dia, diante da Invalidez permanente, incurabilidade da doença e a morte inexorável, nos últimos e...
O COLECIONADOR DE MEMÓRIAS
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O COLECIONADOR DE MEMÓRIAS Por Paulo Rebelo Ao final da vida O que resta ao homem? São apenas memórias, Boas ou más, Que aos poucos Vão sumindo. É como a vela que se apaga A folha seca que cai. São como migalhas de pão, Sua única riqueza interior, Atiradas por ele Pelo longo e tortuoso caminho, Para que as lembre de como retornar. Mas, não há volta. Outrora lhe valiam muito, Comidas pelos pássaros Que, miseravelmente, Não lhe deixaram mais rastros, Nenhuma lembrança Da sua solitária existência Na face da terra. Paulo Rebelo, o médico que escreve poemas Estátua: Melancholia by Albert György.
REVALIDA
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A questão é que o estudante brasileiro que estuda no estrangeiro, em geral, nunca foi um bom estudante; foge do vestibular e agora, com ajuda de escritórios de advocacia, fogem do REVALIDA, aliás, em 2023, Dos 8.000 candidatos, apenas 10 % passou. Diante disso, o PT quer acabar com esse "discriminação", pois "a meritocracia é injustiça, agravando a desigualdade".
PARA DEPOIS
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PARA DEPOIS Por Paulo Rebelo Vim ao mundo Depois que ele estava feito Mas não estava concluido. Estava mal acabado, Reclamei! Tinha muitos defeitos; Um pouco deformado. Apressado, Achei que pudesse refazê-lo e, Inicialmente, pus-me a trabalhar Às cegas e como poucos, E não conseguindo, Gritei em praça pública Que nem louco, Até ficar rouco. Com o tempo, Fui deixando tudo p depois: Era mais conveniente E sensato, Depois que dormisse, Depois que acordasse, Que comesse E descansado, Pensasse… Não tive mais pressa Para nada; Nem mais filosofava. Deitado na rede, Procrastinava. Agora tudo fazia sentido; A vontade findou; O sonho passou depressa; Nada mais interessa; O mundo não mudou. O filme acabou… Paulo Rebelo, o médico escritor da Linha do Equador. Inspirado em DEPOIS? de Antonio Lobo Antunes, médico e escritor. Estátua: O PENSADOR de Rodin.
O PENICO E A TAMPA
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Aí está a imagem que o casal passa para o mundo; mais parece o Penico & Tampa. O primeiro é um apedeuta confesso; a segunda, uma pseudo intelectual das quebradas da era progressista. O video é Inteligência Artificial, mas o que são, não. Ambos verborrágicos e falaciosas à sua maneira. Sim, de fato, é desrespeitoso e de mau gosto, porém é uma resposta tragicômica da população saturada, cujo "mandatário do governo voltou à cena do crime" (Geraldo Alckmim); ri-se para não chorar. Àquele esquerdista, que se indigne com o post; isso é brincadeira perto de calúnias, injúria e difamação agressivas, perpetradas por LOL4 até pelo patético "burguês socialista", vergonhosamente, passando por ministros do STF, que referendaram o crime político. Pior do que este video e os engenhosos e engraçados memes de HADDAD, o boneco de ventríloquo, é ser sistematicamente xingado de "terrorista", "extrema direita", "nazifascista" e "genocida". As...
PEÇA PERDÃO A DEUS, NÃO À MIM".
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PEÇA PERDÃO A DEUS, NÃO À MIM". A partir do, diga-se de passagem, patético pedido de perdão do Comitê Organizador das Olimpíades de Paris aos cristãos do mundo todo, por conta do "grande malentendido" da pantomima da "Santa Ceia" que, em verdade, seria um tributo aos deuses do OLIMPO com DIONÍSIO (ou BACO para os romanos), deus do vinho e das festividades como seu representante maior, lembrei-me de um engraçado filme WESTERN, que assisti quando era adolescente; chamava-se "PEÇA PERDÃO A DEUS, NÃO A MIM". Bem, adianto que mesmo não sendo um cristão exemplar como minha esposa, católica praticante, estupefato pela cena dantesca, repudiei terminantemente aquela cerimônia e não aceito o seu pedido de perdão. O estrago já foi feito. No filme, o bandido, depois causar muita maldade, foi pego pelo mocinho do filme, finalmente. Com cara do mal, pôs o mau elemento de joelhos e com o cano do revolver na boca dele, mandava ele dizer suas últimas palavras em vida!...
MACUNAIMA CUSPIDO E ESCARRADO
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Aí está o moderno MACUNAÍMA de Mario de Andrade, o herói brasileiro sem nenhum caráter, modelo para 9 entre 10 brasileiros e brasileiras do mesmo tipo, empurrado goela abaixo como o pobre, preto e favelado que deu certo na vida. Agora é uma pervesidade atroz sacrificar esse pobre coitado, sujeito banal, visivelmente subnutrido moral e intelectualmente, sem dúvida, muito trabalhador, que vivia bem dentro de suas conhecidas limitações, outrora promovido pela GLOBO e insensado pela mídia oportunista e sensacionalista, recebendo apoio de uma "gente como a gente", no final, sendo jogado fora que nem lixo.
O VERDADEIRO POETA E EU
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O VERDADEIRO POETA e EU Por Paulo Rebelo (O texto em prosa é um relato reflexivo sobre a minha modesta condição de escritor) "Ao longo de minha parca, mas intensa existência como médico, seguramente, já atendi milhares de seres humanos. A cada vez que os trato, eu me curo". 🩺❤🩺 Assim, algo me entristece na minha singela vida de escritor, pois como observador privilegiado que sou, sendo médico, valho-me da relação médico-paciente para escrever despretensiosamente meus textos. Quem nesse mundo tem a oportunidade de estar vis-a-vis como outro ser humano e desnudar-lhe o corpo e alma, interpretando e traduzindo suas dores, fielmente? Entretanto, seria muita presunção de minha parte me identificar como "poeta" e sim, alguém que escreve. Até aí tudo bem, todavia, por incrível que pareça, gostaria de ser melhor recebido no meio literário popular. O mundo acadêmico é algo distante. Isso não é neurose de perseguição, creia-me. Sigo sendo um "poeta solitário". D...