A CHUVA DENSA*
A CHUVA DENSA
A chuva desaba dos céus.
Longe eu a escuto estalar sobre o calçada,
ruflando entre a copa das árvores
por toda a madrugada.
Sussura nos meus ouvidos algo ininteligível,
que me parece familiar,
mas já não tenho tanta certeza.
Evoca tantas memórias,
e sentimentos...
Arrebatado, relaxo.
Não ofereço mais resistência
Resto-me seduzido.
Ela afaga meus cabelos,
desliza suas mãos sobre meu corpo,
massageia minha alma,
aquieta o ego,
banha-me por inteiro.
Deita-se ao meu lado.
Nada me pede,
exceto que me cale
e a escute,
ela,
sem dizer uma só palavra.
O seu cheiro inebriante rescende por todo quarto.
O forte odor da mata molhada.
Meus olhos pesam.
Sem perceber,
meus pensamentos já vão longe carreados pela chuva
e assim nela adormecem.
Paulo Rebelo, o médico poeta.
A chuva desaba dos céus.
Longe eu a escuto estalar sobre o calçada,
ruflando entre a copa das árvores
por toda a madrugada.
Sussura nos meus ouvidos algo ininteligível,
que me parece familiar,
mas já não tenho tanta certeza.
Evoca tantas memórias,
e sentimentos...
Arrebatado, relaxo.
Não ofereço mais resistência
Resto-me seduzido.
Ela afaga meus cabelos,
desliza suas mãos sobre meu corpo,
massageia minha alma,
aquieta o ego,
banha-me por inteiro.
Deita-se ao meu lado.
Nada me pede,
exceto que me cale
e a escute,
ela,
sem dizer uma só palavra.
O seu cheiro inebriante rescende por todo quarto.
O forte odor da mata molhada.
Meus olhos pesam.
Sem perceber,
meus pensamentos já vão longe carreados pela chuva
e assim nela adormecem.
Paulo Rebelo, o médico poeta.
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