ANO NOVO

ANO NOVO


Uma noite 

Eu conheci alguém 

Que se chamava 

Ano Novo. 

Ele me foi apresentado 

Pelo ano que se despedia 

De mim. 

Sentia a nostalgia por sua ida, 

Mas não propriamente 

Saudades.

Fora um ano muito difícil 

Que queria esquecer. 

O Ano Novo pareceu-me 

Bem familiar. 

Já tinha visto alguém assim. Esse era muito especial. 

Estava vestido 

De branco e garboso. 

Entrou na minha rua 

Com fanfarra 

E fogos de artifícios. Lembrava-me uma pessoa conhecida pelo nome-ANO, 

Mas apenas parecia. 

Era somente impressão; 

O Novo era um completo Desconhecido, 

Mágico e enigmático; 

O seu primeiro nome-Ano, Enganava meus sentidos, 

Mas o seu sobrenome... 

Ah, esse tal de Novo! 

Quem diria, diferente de tudo. Sim, o misterioso Ano Novo, 

Ainda assim, 

Me impressionou 

Pelo seu poder de sedução, 

Pois o que me atraiu nele 

Foi apresentar-me 

A esperança 

Que eu já havia perdido, 

A crença por dias melhores, 

A renovação da FÉ 

E o anseio 

Pela Paz Mundial.


Paulo Rebelo, o médico poeta.

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