Isabel Cortez, há um quê de ironia na tua pergunta. Se realmente curiosa, sim, autores existencialistas: Bulkowisk, Dotoiévisk, Clarice Lispector e etc. Poemas e poesias amorosas e dores pessoais e idilicos não marcam ninguém, exceto o próprio autor. Sou médico e convivendo com o sofrimento humano (abandono, Invalidez, medo, incurabilidade das doenças e morte, sobretudo a superação ou como lidar com isso), naturalmente, passei a escrever sobre a condição humana, mas escrevo sobre o amor e coisas mais leves.

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🖋️TU SENTES?


Texto de Paulo Rebelo


(Numa manhã ensolarada, diante do mar, o poeta e sua musa abraçados. Num estado onírico, extasiado, ao longe, ele imagina três belos deuses; o mar, o vento e o sol maravilhados pela beleza dela e nessa atmosfera, ele sussurra em seus ouvidos)


Amor meu,

Tu sentes o que sinto?

As ondas do mar azul como um deus te observam embevecidas, provocando em mim um receio incontido! Temo que elas te carreguem para distante…


Juras que não percebes o vento de proa enlevado, desalinhando teus longos cabelos negros? Não vês que os matinais raios de sol maliciosamente beijam a tua pele, fingindo não te acariciar ao dourá-la, levando-me à loucura de ciúmes por ti?!


Tu és bela, sabes bem. Não há como evitar tal paixão das divindades, pois o teu belo sorriso monalístico te trai pelo prazer que, no momento, sentes pela atração infinita que despertas nos deuses da natureza.


Assim, nós nos rendemos a ti, meu amor; somos todos teus agora…


(eu, a natureza aos teus pés, ofertando-te o poema que ora te escrevemos).


Paulo Rebelo, o médico poeta.


🩺❤🩺


Amigo, 


Por obra de DEUS, aos poucos passei a escrever textos como uma catarse ou um antidoto contra as dores do mundo e minha. Quando me falta inspiração pessoal, como quem busca água num poço para não morrer de sede, me valho da fonte de inspiração de outros grandes poetas ou anônimos. Ainda nesta madrugada, escrevi o poema abaixo UMA CARTA PARA NINGUÉM. A seguir, o belissimo texto de ALMIR PAES, que me inspirou a escrever o meu próprio.

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🖋️UMA CARTA PARA NINGUÉM

Por Paulo Rebelo


Acostumei-me a escrever

Para quase ninguém,

Mas o ninguém,

Creia-me, ele existe.

,Ele não é anônimo,

Apenas não tem tempo;

Falo com ele todos

Os dias, enquanto escrevo.


Ele está escondido

No meu desejo incontido

E num silêncio ensurrecedor,

Que grita para ser

Por ele lido,

Mas na suavidade

Como quem, na intimidade

De velhos amigos,

Troca correspondências,

E este, um dia, me entenda

Como ninguém.


Paulo Rebelo, o médico poeta.

Inspirado em um texto de ALMIR PAES, escritor, cujo pai disse-lhe um dia:

“Acostume-se a escrever para quase ninguém”.

P.S. Criei um trocadilho. Creio pelo inusitismo da prosa, este poema autoral seja original.

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🖋A CRÍTICA

Por Paulo Rebelo


Os meus críticos literários

Acusam-me de nunca 

Terminar meus textos

Ou de escrevê-los muito mal.


Eles estão certos, de fato! 

Não nego.

Busco a perfeição

Intangível do poeta.


O que eles não sabem

É que faço e refaço 

Meus versos, inconscientemente, 

Como quem busca reescrever

A própria existência.


Paulo Rebelo, o médico-poeta.


•Veja, reuno modestas condições e conhecimento p criticar obras de outros autores. Sem proselitismo ou vaidade, tenho perfeita coincidência de minhas limitações técnicas e capacidade literária, mas não vivo dela. Para mim, é uma catarse ou um potente antidoto para a minha própria dor.


Paulo Rebelo, o médico poeta.


Há os textos existencialistas, que são o meu forte, não postos aqui.


Ah, sai dessa página literária virtual.


Um abraço fraternal. 

Boa noite!

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