JÁ VIVI 150 ANOS
Agradeço o teu comentário. Escrevo durante a segunda parte da madrugada após ter dormido. Não é perda de tempo escrever. Em verdade exercito a minha prosa. Bem, não me leves a sério nem tome isso como pessoal. Como fui provocado por posts aparentemente inocentes, mas por trás há supremacia moral, tendo muita experiência de vida, manifesto minha opinião. Através do sofrimento alheio meus olhos já viram coisas inimagináveis para um homem comum. Como médico ao longo de 40 anos, tendo atendido milhares de pessoas entre a vida e a morte, já vivi 150 anos na face da terra; vi quase tudo o que Deus e o diabo tinham para mostrar para o homem durante a sua breve existência. Por força de ofício não sou afeito à divagações filosóficas. Quer mais riqueza de conhecimento e sabedoria do que isso do que estar à beira do leito de alguém que sofre? A minha vida tem sido intensa desde que abracei a medicina. Metaforicamente, a minha vida no consultório tornou-se uma espécie de ORÁCULO DE DELFOS para onde se dirigem peregrinos em busca de resposta para o seu futuro. Há uma enorme diferença entre mim e os acadêmicos, intelectuais, educadores e filósofos, Deus (que a maioria deles não acredita ou despreza) me deu poderes para intervir em suas vidas, curando-os ou aliviando seus sofrimentos físicos e mentais. Assim pode parecer pedantismo, todavia tendo vivido intensamente ao longo de 67 anos, minha vida é ricamente povoada de histórias, que me creditam a ver a vida com serenidade. Aprendi muito. Advêm daí minha sabedoria, portanto tenho estatura moral e intelectual para discutir assuntos banais como esse que me soam clichê. Seus aforismos soam Flatus Vocis. Alguma frases são puras elisões de existências vazias ou confusas. Incrédulo me pergunto: como podem seres humanos tão educados, cultos, inteligentes e intelectualizados, humanistas, sobretudo, dignos serem tão pedantes e vazios? A maioria desses grandes seres humanos endeusada por docentes e discentes universitários brasileiros de verve progressista merece, sim, crédito pelo legado à humanidade, mas não aprovação tácita ou automática do restante da sociedade sem submetê-los à crítica. A maioria é "comunista". Pessoalmente, acredito na salvação individual, e não coletiva. Por fim, já testemunhei ateu e agnósticos como eles clamarem por perdão a Deus nos seus últimos estertores. Eles não me impressionam. Perderam muito tempo na vida até encontrar Deus ou (uma força superior qualquer) demostrar o seu papel no mundo; a relatividade de suas vidas, e isso acontece da forma mais insuspeita: 1°-quando o homem torna-se completamente inválido para vida não tendo mais futuro, segundo ele. 2°- quando o homem é portador de uma dura doença crônica, que o consome lentamente e por último, 3°-quando esse homem está diante da inexorabilidade da morte. Acredite, 99.9% dos seres humanos passou ou passará por isso se tiver alguma consciência. Seria interessante se esses grandes homens citados, além de suas grandes contribuições científicas, tivessem deixado suas memórias sobre esse momento crucial e derradeiro, mas a maioria é demasiadamente orgulhosa e autodidata. Nessa hora a intelectualidade não é páreo para aliviar o sofrimento humano. Por isso sofrem mais do que a maioria dos mortais. Não acreditam na vida após a morte. Os seus testemunhos demasiadamente humano, se os dessem, como são honens críveis, enriqueceriam nossas vidas, muito além de seus textos científicos.
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