TU SENTES?
TU SENTES? (Para Bernadete/Texto de Paulo Rebelo) (Numa manhã ensolarada, diante do mar, o poeta e sua musa abraçados. Num estado onírico, ao longe, ele imagina três belos deuses; o mar, o vento e o sol maravilhados pela beleza dela e nessa atmosfera, ele sussurra em seus ouvidos) Amor meu, Tu sentes o que sinto? As ondas do mar azul como um deus te observam com encanto, provocando em mim receios incontidos! Temo que elas te carreguem para distante... Juras que não percebes o vento de proa, desalinhando teus longos cabelos negros? Não vês que os matinais raios de sol maliciosamente beijam a tua pele, fingindo não te dourar ao te acariciar, levando-me à crise de ciúmes de ti?! Tu és bela; não há como evitar tal paixão, pois o teu belo sorriso monalístico te trai pelo prazer que, no momento, infinitamente, sentes pela atração que despertas nos deuses da natureza. Assim, nós nos rendemos à ti, meu amor; somos todos teus agora... (eu, a natureza aos teus pés com o poema que ora te escrevo)...