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Mostrando postagens de junho, 2020

BOM DIA, DORMISTE BEM?

BOM DIA, MEU FILHO, DORMISTE BEM?! Texto de Paulo Rebelo A coisa mais gostosa num domingo cedo pela manhã é tu escutares a doce voz de tua mãe (84 a), dizendo assim pelo celular: "oi, meu filho querido, dormiste bem?". A seguir, em nossa casa, ela, já com certa dificuldade física, necessitar de alguma ajuda e paciência, além de tua gentileza, para tomar café da manhã contigo, servindo-lhe sua tapioquinha na manteiga com café preto quentinho que ela tanto gosta e nós dois conversando, às vezes, reminiscências. Isso tudo se chama GRATIDÃO e carinho que tenho por ela. A minha mãe, carinhosamente, repete sempre essa frase há muitos anos, pois eu ainda bem menino, com receio de incomodá-la com a algazarra de crianças, ficava horas brincando em silêncio, até que ela despertasse e aí eu corria ao seu encontro ainda deitada e a abraçava e a beijava, perguntando-lhe: "mamãe, tu dormiste bem?" Não era nada fácil sua vida de dona de casa, com quatro filhos para criar ...

AMOR E PAIXÃO

AMOR E PAIXÃO Por Paulo Rebelo Um dia, Sem nenhuma razão Ou sentido, Por puro encanto ou magia, Era o destino, Atiramo-nos ao encontro Um do outro, Sem correntes, Então, Lânguidos, Ardentes. Amamo-nos Nas noites quentes de verão Intensa e Incessantemente, Tal a volúpia de nossos corpos, Desejos e sentidos, Em completa ebulição Dois inconsequentes, Banhando-nos nas águas bravias à jusante do rio, Unidos.                                                                                           No fim, Desaguar num profundo amor Na imensidão do sereno Azul mar Para todo sempre ungidos. Paulo Rebelo, o escrevente do tempo

INICIANTES

INICIANTES Por Paulo Rebelo Às vezes, na vida somos eternos iniciantes, peça que não termina nunca, ora protagonistas ora meros figurantes, seres brincantes ao redor de uma eterna fogueira de vaidades que arde, enquanto nos consome até o último instante. Paulo Rebelo, o escrevente do tempo.💐

A OPRESSÃO

A OPRESSÃO Por Paulo Rebelo Um dia a gente acorda oprimida, sem norte, sem saída, sem sorte; poderia tentar olhar para dentro de si e buscar não maldizer a vida, desejando a morte. Afinal, o que fazer a respeito, senão parar de reclamar e curar a ferida? O que falta para livrar-se desse roteiro e por fim, terminar essa maldita sina, quando num instante  o mundo torna-se incolor, nada tem odor, e a existência puramente insípida? Há muito sofrimento no mundo para um homem só suportar. Já bastam sonhos desfeitos, nunca por alcançar. A dor é insuportável quando se está sozinho, de si próprio destituído. Há motivos de sobra para se lamentar desiludido e prantear a cântaros, por se sentir abandonado, aturdido. Então, é desse jeito: um vazio sem tamanho, que preenche o peito, surgido do poço profundo, sentindo-se completamente estranho e infecundo. Que momento incômodo é esse, não poder fugir? Pois mover-se, doí o corpo inteiro, ...

O AMOR

O AMOR🌷 Amor só existe  se houver o outro, um complemento, o seu hemi corpo. Sem ele,  sequer há existência, pois o amor  brota da mais seminal  inocência. Para existir,  de fato, há de ter o seu verso,  um rosto completamente  diferente daquele refletido  no espelho, o que estava escondido, pendente, o reverso, que mesmeriza o oposto concedente. O amor é o único  instrumento  espontâneo e capaz de encerrar a si mesmo, sem medo  nem culpa, dentro do coração  do outro, ao mesmo tempo  a chave para libertação de suas almas  para vivê-lo intensamente juntos e para sempre. Paulo Rebelo, o escrevente do tempo. P. S. Poema dedicado para o meu grande amor, Bernadete Rebelo, pela passagem do DIA DOS NAMORADOS-12.06 2020. 💐💐💐