ALGUMAS PALAVRAS

AMOR SEM FREIOS* Home / POEMA / AMOR SEM FREIOS* AMOR SEM FREIOS Acordei. Transpirava muito. Sonhava contigo. Então, pensei em nós dois, sobre aquela longa noite de frio aquecida por nossos corpos ardentes, sobre o que ainda há de ocorrer, pois de minha parte, um coração desgovernado; já não há mais balizas nem freios. Ontem, isso me assustava como nunca, agora não me apavora mais. Não penso mais noutra coisa a não ser em ti como na cena recorrente de um filme. Logo, a pulsão para continuar ao teu lado é infinitamente maior. A tua imagem não me deixa mais dormir a não ser respirar o cheiro que exala de teu corpo, inebriando-me pelo doce aroma. Eu já exagerava nos meus amores pueris e idílicos, nos encantos de outrora, mas nada igual como agora. Aliás, tudo tem sido tão tão irreal, tão total. Tudo tão desmedido, irresponsavelmente desgovernado e sem fronteiras. Ainda assim saiba que me sinto corajoso nesse longo e sinuoso labirinto. Que conforto traz a loucura… Sentes isso por mim, tamb...

INCOMPATIBILIDADE DE GÊNIOS  Nunca soube  As palavras, O tom certo  Ou momento  Para falar com ela, Tampouco O número de seu sapato. Com o tempo, Nossos desencontros Passaram do paladar  Aos sonhos. O silêncio, A nossa conversa. A única coisa  Que conhecia era seu olhar, Que um dia  Se enchendo de mistérios  Se tornou vago  E distante... Paulo Rebelo, o médico poeta.

  A NOVA CLASSE MÉDIA PETISTA A contraditória e empobrecida "burguesia socialista", a clássica classe média repaginada, atualmente, pretensamente humana e humanitária, ajudou a eleger LULA e mantém o sonho de quê ele volte ao poder; ele que seduziu o mercado de capitais e empresariado com seu discurso "Lulinha Paz & Amor", cooptando empreiteiras e políticos à gigantesca corrupção pelo poder. A bem da sobrevivência nesses novos tempos de justiça e igualdade social com respeito às minorias, oportunista, essa aduladora burguesia em busca de status midiático, está sendo empática com a "nova classe média", outrora rejeitada por ela, alçada ao epicentro das mudanças sociais, forjada na era petista pelo "Pai dos Pobres", que pela atroz desigualdade social, desprivilegiada intelectualmente, já surgiu com visíveis defeitos éticos e morais, mascarados pelo "empoderamento" de decreto e demagógica agenda politicamente correta, alimentando o ...

  MAMA AFRICA I don't believe in neither Latin American nor African assumed unity. This is a beautiful, but naïve daydream. This applies to "MAMA AFRICA", unfortunately, like a fade or curse, victim of atrocious colonialism. An African ufanism, just like in Latin America, that leads to nowhere, since it’s a huge continent divided by a myriad of ethinicities, languages and dialects, religions and creeds, plagued by ignorance, political persecution, religions intolerance and corruption, which fragmented and by lack of uniformity, Africa remains vulnerable to foreign influence, nowadays Chinese. Africa deserves more respect, beginning with its elites. Paulo Rebelo

  O CARONA Artigo de opinião de Paulo Rebelo Assumindo a direção do mundo sob a batuta do esquerdista egresso da classe média, as periferias brasileiras e mundiais são a moderna versão da Revolução Comunista no século XXI; no século XVIII, graças à uma burguesia revolucionária, caíram a monarquia, a nobreza, o clero e, no presente, mudou a própria classe média, desperta da longa alienação e comodismo, todavia, em tempos de Internet, finalmente, agora é a hora e a vez dos excluídos, os "emergentes", tendo a burguesia socialista ou vice versa, não mais como protagonista, mas como figurante e carona. A classe média empobreceu, mas não perdeu ou não quer perder a pose de nobre, pois é ainda é elite, daí a sua necessidade de estar no poder. Com a Internet, ela parece mais intelectualizada, mas é engano; sua cultura é, geralmente, inútil. Ela vive em conluio com a grande imprensa. Ela elege e derruba presidentes, tal a força da opinião pública. Não é homogênea; uma parte é aporofó...

  O BEM E O MAL Poema de Paulo Rebelo Inspirado na obra de Gabriel García Márquez.     A minha consciência Vive me dizendo Para continuar Desafiando o meu destino, Que antevê como será; A continuar assim, Segundo ela, Uma vida solitária, Monótona e insípida Como se isso Fosse um desperdício De minha existência.   Assim, é por isso que, Inevitavelmente, Quando ouso, Sou tentado a pecar Tornando-me um contumaz Transgressor dos bons costumes, Uma criança Brincando com o fogo, Um renegado, Próximo de um animal Irracional, Incurável perpetrador De pecados, A maioria venais, Socialmente, aceitos Com veladas condenações E nenhuma punição,   Todavia não passo incólume; Eis que me encontro livre, Porém com certo sentimento de culpa, Pois sou um vívido Contraste que me lembra Com algum prazer mórbido A qual desses mundos pertenço   E, cheguei à conclusão, Que pertenço aos dois Q...

PIXELS Texto por Paulo Rebelo EXISTENCIAL   Uma coleção De muitos seres Habita em mim.   No fundo, São só recortes. Apenas partes de mim. Aqui e acolá Numa colcha retalhos…   São como pontos no escuro, Pixels dispersos no universo; Partes sensíveis Distantes entre si, Tentando desesperadamente Se conectar… Paulo Rebelo, médico poeta.

BONSAI Ao longo do tempo  Fui aprimorando  A minha arte literária.  Antes escrevia demais,  Era repetitivo  E logo me enfadonhava.  Quando relia  Alguns de meus textos,  Os rasgava  E começava tudo de novo.  Fui lapidando  Pacientemente meus escritos  Como um artesão  Das palavras.  Assim,  Ao revisitar um poema meu Que parecia terminado,  Mais uma vez, Vou à procura  Da melhor forma  E o podo como se faltasse algo,   Talvez,  Um pedaço de mim,  Algo que nunca esteve pronto  E por certo,  Nunca estará,  O meu eterno BONSAI". Paulo Rebelo, o médico poeta.