MECANISMO DE CONTRA TRANSFERÊNCIA AI

 O mecanismo de contratransferência refere-se às reações emocionais, sentimentos e pensamentos que o terapeuta (ou clínico) experimenta em resposta às vivências e à transferência do paciente, e que o levam a projetar seus próprios conflitos, histórias e mecanismos internos no cliente. É um fenômeno humano e natural, mas que precisa ser reconhecido e trabalhado pelo terapeuta para não prejudicar o processo terapêutico, sendo crucial a sua auto-observação, autoconhecimento e, se necessário, a supervisão ou análise pessoal. 

Como funciona a contratransferência:

Reação humana: O terapeuta é um ser humano com suas próprias emoções e sentimentos, e a interação com o paciente pode evocar reações fortes e inconscientes. 

Projeção: O terapeuta pode projetar seus próprios conflitos não resolvidos, medos ou desejos sobre o paciente, fazendo com que a interação se torne uma repetição de padrões do próprio terapeuta. 

Reflexo: A contratransferência pode funcionar como um reflexo, permitindo ao terapeuta entender as necessidades e os anseios não verbalizados pelo paciente. 

A importância do manejo da contratransferência:

Consciência e autoconhecimento: O terapeuta deve estar ciente de seus sentimentos e ter um alto grau de autoconhecimento para perceber quando a contratransferência está ocorrendo. 

Não ceder à projeção: É fundamental que o terapeuta não se deixe levar por suas reações pessoais ou por desejos de "resolver" o paciente, lembrando que o paciente é o foco do processo. 

Ferramenta terapêutica: Quando bem utilizada, a contratransferência pode ser um guia para o terapeuta, ajudando a identificar o que o paciente não consegue dizer ou o que precisa ser trabalhado na sessão. 

Supervisão e análise: A supervisão clínica e a análise pessoal do terapeuta são importantes para lidar com as questões contratransferenciais, garantindo o desenvolvimento do paciente sem ser prejudicado por questões do terapeuta. 

Exemplos de contratransferência: 

Sentimentos de ansiedade ou irritação durante a sessão.

Um terapeuta sentir simpatia excessiva ou ciúme em relação ao paciente.

Reações emocionais fortes, como raiva, culpa ou amor.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

PARA DEPOIS

MERCADO FINANCEIRO

UMA CARTA PARA NINGUÉM