A SINA (versão reduzida)

 A SINA
(versão reduzida)
Por Paulo Rebelo

 

Assim vou me acabando.
O tempo desfilando
Diante de meus olhos,
Indiferente,
Insensível
Ao sofrimento
Humano.

 

Quem me dera
Pudesse pará-lo.
Mas, não há interruptor.
Do tempo,
Nunca fui senhor.

 

É que o tempo
É inconsequente
Levando tudo consigo,
A dor,
O amor.
Inclemente
Parece ditador.

 

Assim,
Irrefreável,
Que nem águas
À jusante do rio,
Aos poucos,
Escoa minha existência
Por inteiro
Para um dia,
Quem sabe
Como piedade final,
Num jazigo
Alimentar as frágeis flores
De meu modesto canteiro.

 

Paulo Rebelo, o médico de corpo e de almas

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