O MARULHO

Havia tanto tempo

Que já nem lembro mais

Da última vez

Em que sentei-me

Diante do mar

E deixei que a brisa

E o marulho

Acalmassem minha alma;

Dessa vez,

Ocorreu-me

Apenas escutar o seu lamento,

Mas ao final,

Em silêncio,

Lá estava eu

Fitando-o no horizonte

A perder de vista,

Enquanto o sol se punha;

Assim, o que ele me dizia

Mais parecia

Decifrar meus próprios sentimentos,

Como alguém que há muito me conhecia.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

PARA DEPOIS

MERCADO FINANCEIRO

UMA CARTA PARA NINGUÉM