MÉDICO ESCRITOR
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Amigo, professor,
eu gostaria de te revelar algo como uma confidência (perdoe-me se me excedo no meu arrazoado): no universo de 500 mil médicos brasileiros, há poucos médicos escritores (Moacyr Scliar e Dráuzio Varella e Guimarães Rosa estão no panteão dos grandes); sou um deles e não levo a sério como profissão nem como "freelancer". Para mim é um hobby como outro qualquer. Sou um privilegiado por ter amealhado algum conhecimento fora da medicina, reconhecido por meus pares e clientela, perdoe-me a imodestia). Para buscar compreender o mundo muito além do meu consultório (pois a medicina me sacrificava tanto), passei a escrever, inicialmente, sobre o sofrimento humano (meu e de outrem); depois, tornei-me mais abrangente. Acredito que tenha escrito alguns breves textos dignos da literatura universal (por conta da dor estando em todos os povos, linguagem que não precisa tradução, claro) mas "nunca fui descoberto" por não fazer propaganda midiática ostensiva, talvez, em parte, por não buscar viver no ambiente literário e pasme (não é neurose persecutória), não sou "socialista". Dificilmente, teria amigos nesse meio para me acolher e incentivar. Percebi, também, um ambiente de "luta de vaidosos escritores", digladiando-se por protagonismo literário. Exagero?
Além disso, como não tenho com quem conversar (há anos já não sinto mais falta, mesmo porquê as pessoas não têm interesse nem tempo), escrevo, ultimamente, criticas ao comportamento humano (algo que entendo um pouco). Aí se inclui, principalmente, a hipócrita "burguesia socialista" (a que estava no show da MADONNA, por exemplo) e sua cantilena progressista.
Assim, escrevo como catarse. Não busco "seguidores" nem "LIKES", tampouco aceitação de terceiros ou concordância. A minha vida é outra. Apenas escrevo. A "direita" adora; a "esquerda" torce o bico, esbraveja e engole seco. Esta, limitada, na falta de contrargumentação bem fundamentada, alguns retardados (e não são poucos) me ofendem de "bolsominion", "nazifascista", demonstrando a sua estreiteza educacional, moral e intelectual.
Um abraço fraternal!
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