O COLECIONADOR DE MEMÓRIAS

O COLECIONADOR DE MEMÓRIAS

Por Paulo Rebelo 


Ao final da vida

O que resta ao homem?


São apenas memórias,

Boas ou más,

Que aos poucos

Vão sumindo.


É como a vela que se apaga

A folha seca que cai.


São como migalhas de pão,

Sua única riqueza interior,

Atiradas por ele 

Pelo longo e tortuoso caminho,

Para que as lembre de como retornar.


Mas, não há volta.


Outrora lhe valiam muito,

Comidas pelos pássaros

Que, miseravelmente,

Não lhe deixaram mais rastros,

Nenhuma lembrança

Da sua solitária existência

Na face da terra.


Paulo Rebelo, o médico que escreve poemas

Estátua: Melancholia by Albert György.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

SPAM

MERCADO FINANCEIRO