É PROIBIDO PROIBIR

É PROIBIDO PROIBIR

Por Paulo Rebelo 


A censura tem medo da verdade e em tempos de progressismo vem mascarada de "árbitro da verdade", pois trouxe para si o seu monopólio.


Pessoalmente, não me identifico com a censura sobre qualquer qualquer assunto, mas explico. Censura, também, envolve etiqueta, inclusive nas redes sociais, ou deveria. É questão de educação, portanto nada de insultos pessoais. Em tempos políticos, moral e ética, também. Há assuntos que são muito sensíveis como ideológicos e religiosos, todavia sou intransigente; não relativizo como o fez uma ministra do STF, quando disse (20.out.2022) que “não se pode permitir a volta de censura sob qualquer argumento no Brasil”... Porém, logo em seguida, disse: "excepcionalissimamente, dessa vez pode!" Que histriônica!


Leia mais no texto original: (https://www.poder360.com.br/eleicoes/nao-se-pode-permitir-volta-da-censura-diz-carmen-no-tse/)


Ainda era adolescente, quando ouvi a frase  "il est interdit d'interdire" (é proibido proibir), que surgiu nas ruas de Paris durante o gigantesco movimento, inicialmente, estudantil,  antiautoritário de 1968, que se extendeu por toda a França e daí para o mundo! Uma ode à democracia. Isso me sensilizou, profundamente.


Assim quando assisti a mensagem de Mark Zuckerberg, dono da META, que engloba o Facebook, WhatsApp e o Instagram acabando com as "Agências de Checagem Profissional", todas de viés "socialista", francamente, vibrei. Eu mesmo fui vítima desses censores. Inúmeras vezes fui suspenso temporariamente em até 90 dias do Facebook por "discurso de ódio ou incentivo à violência". Logo eu, pacífico. Era advertido por "desinformação" ou "Fake New", eu que faço da escrita literária um hobby e não palanque político. Falar contra o governo atual virou "crime de opinião". Como tolerar ataques sistemáticos contra opositores e manipulação de informações pela mídia a serviço do atual governo? Criaram o "Consórcio de imprensa" durante a pandemia da COVID-19 e o tribunal do FATO ou FAKE com vistas a calar a oposição em nome da democracia! Falar contra o governo virou "ataque ou ameaça à democracia". De nada adiantava me queixar ao canal disponível no Facebook, de que estava sendo alvo de ataques pessoais, sendo ironica e agressivamente injuriado, difamado e caluniado de "velho", "gado", "médico prescritor de cloroquina", "nazifascista", "apoiador de golpista e terroristas". Puro desrespeito, vindo de "democratas". Demorei algum tempo para entender o jogo, até decobrir o que poderia postar ou não na Internet, enquanto a perigosa "turma da lacração" tinha passe livre.


A cultura WOKE já vinha dando sinais de esgotamento. A proteção necessária e louvação de excluídos e minorias, outrora surgida de boas intenções, definitivamente, passou do ponto. Surgida no seio da democracia, ela mesmo tornou-se antidemocrática. Atribuiu-se muito poder, que a sociedade mundial não lhe outorgou. Cansou! Como disse Mark Zuckerberg: "abusaram da confiança". Não souberam usar a democracia a seu favor. "É hora de voltar às raízes", disse ele.


A reviravolta veio, quem diria, com a eleição de TRUMP nos EUA, a mais exemplar democracia no mundo, apoiado por Elon Musk, que veio para dar um basta,  ecoando no Brasil e no mundo. Trump deve ter perguntado ao Mark Zuckerberg: "de que lado tu estás?!" Antes que me acusem de "extrema direita", sou cético; no campo político e econômico, não acredito em amizades entre autoridades públicas, mas em interesses, que podem ser benéficos para o bem comum, e para equilibrar a balança de poder entre direita e esquerda, coibindo seus excessos de qualquer lado. 


A democracia não precisa do STF ou outro como o quarto poder, que vestiram um lado ideológico para parametrizá-la. Vergonhoso. Ela tem um alto poder depurador, ainda que seja lenta. Exerce um enorme efeito profilático e curartivo sobre a sociedade.


Assim, o povo não precisa de tutores como um ministro porta-voz, autointitulando-se "Salvador da Democracia", endeusado (É irônico imaginar que procuradores e magistrados, que lavaram a alma do povo brasileiro na LAVA-JATO foram criminalizados pelo STF e pela esquerda brasileira). 


A própria democracia, que não é perfeita se retoca com uma obra de arte em constante evolução como agora. O escultor é o povo.


Paulo Rebelo, o médico-poeta.

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