ARTE RUPESTRE

ARTE RUPESTRE

Por paulo Rebelo


A minha alma 

Vive livre a escrever 

Aquilo que poderia ser 

Parente próximo  

Ou distante 

De poemas e poesias.


Não há hora.

São escritas no ar,

Nas areias das praias,

Nos rochedos do mar.


É ociosidade, mas também,

Necessidade.


A minha primitiva

Arte literária

Assemelha-se aos pictogramas,

Hieróglifos e garatujas,

Brincadeiras

De crianças 

Ou de um Homem das Cavernas,

Que está a aprender 

A caminhar 

Ou a falar 

Os primeiros sons, 

Aquilo que seriam 

As primeiras palavras, 

Pensamentos,

Primitivos sentimentos, 

Os mil tons de minha alma 

Indômita e fugidia.


São psicoses; 

Ora há a mais pura 

Inocência 

Ora a mais completa

Indecência.


De meus delírios e alucinações 

Surgem ideias absurdas 

Que se transformam 

Em singelas criações.


A minha arte literária, 

Se é que arte 

Ou assim poderia chamá-la

É a minha estrada, 

Meu labirinto, 

Meu quarto escuro, 

Rota de fuga 

De minha alma,

O desenho,

De consciência, 

A pintura 


A profilaxia para meus males

A saída para minha cura.


Paulo Rebelo, o médico poeta

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

SPAM

MERCADO FINANCEIRO