CACOS
CACOS
Se eu cheguei onde estou,
Nada foi pensado;
Tudo foi por acaso,
Porque apressado,
Às vezes, absorto estive
Ou confiante,
Pois, peguei muitos caminhos
Errados.
Estavam cheio de armadilhas,
Becos sem saida,
Labirintos,
Sinais trocados...
Quando me dei conta,
Estava completamente perdido
Ou atrasado.
Já cheio de dúvidas,
Quando retornei,
Para me corrigir,
Mais de uma vez,
Peguei atalhos
E ao final,
Estava eu no mesmo lugar,
Inseguro e em frangalhos.
Durante minhas andanças
Pelas veredas,
Eu recolhia migalhas,
Que ficaram por aí jogadas,
Colando meus cacos.
(Mas cheguei!).
Paulo Rebelo, o poeta da Linha do Equador.
P.S. Inspirado em EU MAIOR, de Rubem Alves.
Comentários
Postar um comentário